quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um testamento cheio de sentimento

Depois de um Verão ausente, estou eu aqui escrevendo de novo, nem sabia como haveria de começar este texto, nem sabia ao certo sobre o que escreveria. Decidi escrever sobre ele. Sim, um novo ele. Falo do coração. Junho de 2006 - Junho de 2010. 4 anos de amor, paixão, carinho. No mês que tudo começou a crescer, acabou 4 anos depois, quando pouco restava daquela relação, como devem calcular fiquei de rastos, qualquer pessoa ficaria! Enfim, depois de uns dias triste decidi que não poderia continuar assim, porque afinal de contas tenho 16 anos, uma vida enorme pela frente. Tenho mais é que aproveitar. Mas o meu coração não ficou vazio no Verão. Já o conhecia a algum tempo, mas nunca comunicávamos muito, ele tinha as suas namoradas, as suas curtes e eu mantinha a minha relação, quando o via achava-o demasiado convencido, e tentava desmarcar-me dele. Quem diria que nos íamos aproximar?
Ia eu acampar para um arraial e fiz-lhe uma pergunta simples no msn, porque ele vivia ali perto. E a partir dai ele e eu começamos a comunicar mais, já nada nos impedia, afinal éramos livres, e podíamos criar uma amizade. Ora bem, eu não queria que passasse disso, porque afinal de contas tinha ficado com o coração aos pedaços à bem pouco tempo. No primeiro arraial nem lhe liguei muito, mas depois desse arraial, algo mudou. Combinamos uma praia, estávamos lá os dois, mas mal falávamos, ate que ele me beijou. Fiquei atarantada, só queria sair dali, não sabia o que aquilo significava para ele, não sabia como devia agir, mas eu sabia que queria sair dali. Dias depois sucedeu-se outro arraial, outro acampamento. Ai quem teve a atitude foi eu, um pouco envergonhada beijei-o e passei o fim de semana com ele, foi um dos melhores fins de semanas que já alguma vez tive. Eu já não podia negar ai, outro sentimento começava a crescer em mim, um sentimento que juntava os pedacinhos do meu coração e que conseguia finalmente reconstituí-lo. Envolve-mo-nos de tal maneira, que quando ele se foi embora, era quase como impossível deixa-lo ir, abraçava-mo-nos tão fortemente, como se quiséssemos ficar ali assim, pra sempre. Mas ele tinha que ir e foi.
Depois desse fim de semana, fiquei doente, fui às urgências e não conseguia sair da cama. Perdi uma oportunidade de estar com ele na praia, mas não desanimei afinal de contas queria ficar bem para brevemente poder estar com ele. Pensei por momentos que no fim de semana não estaria bem para poder passa-lo com ele de novo, mas mesmo doente, fui ter com ele e passei outro fim de semana lindo ao seu lado, foi outro fim de semana intenso, cheio de amor e carinho. Sim, eu já não diria que o sentimento era pequeno, ele estava a crescer pelo menos da minha parte, eu sabia que sim, e acreditei que da parte dele também. Eu estava doente, e ele tinha que trabalhar na barraca de finalistas, mas arranjou desculpas para estar comigo, e eu gostei. Outro fim de semana, completo ao pé dele. Foi demasiado. Mas como tudo o que é bom acaba depressa, e esse fim de semana acabou, e eu senti um novo aperto, porque só queria estar com ele.
Passou muito tempo, ate estar com ele, e nesse tempo, outros vieram-me encher os ouvidos, que ele não prestava, que tinha feito isto e aquilo. E como qualquer outra pessoa fiquei magoada, tentava disfarçar, mas foi impossível, chegou uma altura que a bomba tinha que rebentar. E rebentou, na festa do meu concelho. Mas ele foi querido, e já estando em casa veio ter comigo, mas nao consegui perdoa-lo, ele diz que eu fiz-lhe ver outras coisas, sentir outras coisas, mas ninguém me garante que isso é verdade. Talvez nao devesse dar ouvidos aos outros, que constantemente me dizem coisas (que de tanto ja tou farta) talvez devesse acreditar nele, mas estou magoada, hoje sei que gosto dele. E que esse sentimento é verdadeiro. Manda-me mensagens tão lindas, ele não desiste, mas sou demasiado orgulhosa, e antes que o mal seja maior, decidi corta-lo antes do tempo, decidi desistir de um 'nós' que poderia ser forte.
Enfim, é dele que eu preciso, é dele que eu gosto, é do ar dele que eu preciso de respirar, dos abraços dele quando me sinto fraca, dos beijos dele para me aquecer. Apenas ele, ele e unicamente ele.
Há muito tempo que não me sentia assim, muito mesmo. Porque apesar de passar 4 anos com outro, a coisa a certa altura morreu e estávamos a lutar por algo que já nao valia mais a pena. Enfim, a vida tem destas coisas, a quem saber cair na realidade.
Apesar de eu ter deixado de lutar por um 'nós' , por perceber que talvez as coisas fossem demasiado dificeis para nós, quero que ele saiba que gosto muito dele, que o meu coração, a ele pertence neste momento, que a dor que sinto por nao o ter é grande. Mas um dia há de passar, ai ficarei com o coração livre, mas irei congela-lo para que mais nada o possa acontecer.
Quero-o, Desejo-o, Preciso dele. Mas não posso, e não devo de lutar. Parece estúpido, mas talvez ele há de perceber que foi melhor assim. Talvez eu esteja errada, a perder alguém assim, por certos motivos que não nomeei aqui.
Gosto dele como nunca gostei de ninguém, queria fazer com ele, tudo o que nunca fiz. Que é tudo. Um dia quem sabe, a vida voltará a nos juntar, e ai seremos bastante feliz.
Estará sempre na minha memória. Todos os momentos, todos os toques, todos os beijos, todas as juras de amor, todas as promessas de felicidade, tudo o que passamos e trocamos, nunca será esquecido.
PRC. <3

2 comentários:

  1. Eu acho que se gostas mesmo dele não devias acabar com ele. As vezes as pessoas inventão muitas coisas por diversos motivos, não acredites em tudo o que te dizem ás vezes pode ser mentira. Se ele te diz qe é mentira , tens que confiar nele. Não sejas tão orgulhosa ;D

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