A escolha do titulo, vocês irão perceber ao longo do texto, caso não percebam perguntem.
Hoje em dia, vivemos em crise. Não só a crise financeira como a crise de sentimentos.
A uns dias que procurava trabalho e achei-o!! Mas desisti logo, pois o suposto patrão só tinha um objectivo, que era aproveitar-se, da minha inocência (a que ele pensava que eu tinha). Como é óbvio e eu sou muito atenta, tirei a prova dos 9, e vi realmente que dá li só sai coisa com interesse, preferi continuar sem trabalho, a baixar o meu nível, tanto porque eu tive uma boa educação e sei o que devo fazer e o que não devo fazer, e também não caiu assim em cantigas sem analisar os factos. O mais importante, eu não me vendo e não estou à venda. Apesar do dinheiro ser bom, e tanto outras coisas, eu acho que não devemos ir para os caminhos errados para o obter. Há outras maneiras, e quando queremos, conseguimos.
Como já disse em alguns textos, sorte no amor é coisa que não me assiste. Nunca tive relacionamentos estáveis, sempre lutei pela relação, pelos dois membros. Nunca tive a ajuda do meu parceiro. No entanto, não ando desesperada, e sei muito bem viver solteira, pois como dizem, solteira sim, sozinha nunca. Vejo muita gente desesperada, em busca de um relacionamento. Mas para que? Eu já quase não acredito no amor. É tudo fake. Ora traímos, ou somos traídos, seja de que maneira for (não é só a traição física que conta, a emocional também). Enfim.
Há muitos tipos de amizades, e muitos de pessoas. Eu sou do género de pessoa que ama o próximo, refiro-me as pessoas que acho importante. Vejo tanta gente sem amigos, uns porque não os conseguem ter, outros porque não os querem ter. De desconhecidos passamos a amigos, depois em certos casos melhores amigos, e as vezes acontece que um deles se apaixona. Ai os princípios da amizade acabam, e só há um interesse: a conquista. Enfim, eu amo algumas pessoas que considero amigas, e zelo sempre para eles estejam sempre junto de mim...enfim, eu diria que em certos casos, o meu é mais complexo e especial.
Porque que as pessoas com esta crise de dinheiros e afectos não consegue chegar um equilíbrio? Será preciso derrubar assim os mais próximos? Magoando-os? Porquê tantos porquês?
Todos erram, temos que aprender a desculpar e a pedir desculpa. As vezes é preciso ouvir o que os outros têm para dizer. Com o tempo conhecemos pessoas e sentimentos. Com o tempo nos erramos mais tambem acerta e mais cedo ou mais tarde, nos aprendemos que temos que aceitar cada um como é. Ninguém é melhor que ninguém. Ninguém é perfeito. Com o tempo aprendemos a dar valor a cada segundo que temos, pois aprendemos que em um segundo tudo pode mudar.
Enfim, tudo isto para dizer que, de um momento para o outro a nossa vida muda. Estamos em mudança constante. De um segundo para o outro perdemos pessoas importantes na nossa vida, e por vezes basta um instante para encontrar alguém por quem temos andado a procura a vida toda, e ainda mais um segundo para voltar a perder, para depois conquistar novamente. As mudanças do ciclo de vida são das mais variadas que se pode imaginar. Umas são para melhor. Outras são para pior. Mas todas eles fazem parte da vida. Umas por vezes não custam nada, mudar de estilo, mudar de pensamentos, mudar de emprego. Outras estão rodeadas de sofrimento. Mudar de pais, mudar de amigos, mudar de amores.
Que acontece quando somos confrontados com estas mudanças e nada podemos fazer para o impedir? Sofremos naturalmente. Mas esse sofrimento fornece a energia necessário para viver. De certo modo sofrer faz com que exista uma vontade de procurar uma situação melhor. E isso implica mais uma mudança. Isto é, na realidade um ciclo vicioso, onde a única forma de o travar é a monotonia. E quem gosta disso? Ninguém. Por isso temos mais é que aceitar estas mudanças. Porque, quer se aceite, quer não, a vida é um instante muito breve onde de um momento para o outro acontece mais uma mudança que não podemos controlar. A morte. A mudança suprema, aquela em que passamos de um mundo para o outro, e não levamos nada conosco, apenas deixamos. Deixamos as recordações com que os vivos ficam de nós, e até essas recordações tem data de validade associada mais uma vez a morte.
Por isso, não devemos tentar fugir as mudanças que cruzam o nosso caminho, mas sim enfrentar cada uma delas com coragem e com a idéia que essa mudança pode ser para melhor.